domingo, 13 de abril de 2008

Agenda - Semana da Vitória - Paróquia Sangue de Cristo

Dos dias 14 ao 18 de abril de 2008, às 19h

Programação:

14/04 - Vitória pelo louvor e adoração - Márcio Pacheco.

15/04 - Vitória pela quebra das maldições - Rosa.

16/04 - Vitória pela esperança no sofrimento - Pe.Gleuson.

17/04 - Vitória pelo serviço de Deus - Jacira Mourão.

18/04 - Vitória pelo rompimento das falsas doutrinas - Regina.

Todos os dias iniciaremos com Lucernário (ou Vésperas) e Missa e concluiremos com a oração por cura e libertação e a bênção do Santíssimo Sacramento. Participe e traga um amigo !


Local:

Paróquia Sangue de Cristo
Rua Adalberto Aranha, 48 - Andaraí (Tijuca)
www.paroquiasanguedecristo.org.br

"O reino de Deus é que acreditais naquele que ele enviou"

Para a nossa reflexão dominical, um trecho da "Epístola aos Filadélfos" ou "Carta aos naturais da Filadélfia" (Filadélfia, do grego antigo Φιλαδέλφεια, significa "amor fraterno" e era o nome de uma comunidade cristã, citada no Livro do Apocalipse, que existiu no primeiro século da era cristã), escrita por Santo Inácio de Antioquia, que era discípulo de São João apóstolo e foi bispo e mártir da Igreja.

Vós, filhos da luz verdadeira, fugi das querelas e das más doutrinas. Como ovelhas, segui o vosso pastor. Porque muitas vezes os lobos aparentemente dignos de fé extraviam os que correm na corrida de Deus, mas se permanecerdes unidos, eles não encontrarão lugar entre vós.

Tende pois cuidado em participar numa única eucaristia; não há, com efeito, senão uma só carne de Nosso Senhor, um só cálice para nos unir no seu
sangue, um só altar, como não há senão um só bispo rodeado de padres e de diáconos. Assim, tudo o que fizerdes, vós o fareis segundo Deus... Meu refúgio é o Evangelho, que é para mim o próprio Jesus na carne, e os apóstolos, que incarnam o presbitério da Igreja. Amemos também os profetas, porque também eles anunciaram o Evangelho; eles esperaram em Cristo e
esperam-no; acreditando nele, foram salvos e, permanecendo unidos a Jesus Cristo, santos dignos de amor e admiração, mereceram receber o testemunho de Jesus Cristo e ter lugar no Evangelho, nossa esperança comum...

Deus não habita onde reina a divisão e a cólera. Mas o Senhor perdoa a todos os que se arrependem, se o arrependimento os levar à união com Cristo que nos libertará de toda a opressão. Suplico-vos, não ajam no espírito de querela, mas segundo os ensinamentos de Cristo. Ouvi que diziam: "O que não encontro nos arquivos, não o acredito no Evangelho"... Para mim, os meus arquivos, é o Cristo; os meus arquivos invioláveis são a cruz, a sua morte e a sua ressurreição, e a fé que vem dele. Eis donde espero, com a ajuda das vossas orações, toda a minha justificação.
Para o Tio Valadão, o meu agradecimento pelo envio do texto! Obrigado, tio!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Fareis isto em memória de mim" (1 Co 11,25)

Mais um trecho do Catecismo da Igreja Católica (§ 1362-1366), sobre a Eucaristia, verdadeiro sacrifício pascal que é renovado a todo o momento, tornando viva para todo o sempre a Páscoa Judaica, a Ceia de Quinta-Feira Santa e o sacrifício de Jesus na Cruz.

O MEMORIAL SACRIFICIAL DE CRISTO E DO SEU CORPO, A IGREJA

1362. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e a oferenda sacramental do seu único sacrifício, na liturgia da Igreja que é o seu corpo. Em todas as orações eucarísticas encontramos, depois das palavras da instituição, uma oração chamada anamnese ou memorial.

1363. No sentido que lhe dá a Sagrada Escritura, o memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus fez pelos homens. Na celebração litúrgica destes acontecimentos, eles tomam-se de certo modo presentes e atuais. É assim que Israel entende a sua libertação do Egito: sempre que se celebrar a Páscoa, os acontecimentos do Êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que conformem com eles a sua vida.

1364. O memorial recebe um sentido novo no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo, e esta torna-se presente: o sacrifício que Cristo ofereceu na cruz uma vez por todas, continua sempre atual: "Todas as vezes que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado", realiza-se a obra da nossa redenção".

1365. Porque é o memorial da Páscoa de Cristo, a Eucaristia é também um sacrifício. O caráter sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: "Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós" e "este cálice é a Nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós" (Lc 22, 19-20). Na Eucaristia, Cristo dá aquele mesmo corpo que entregou por nós na cruz, aquele mesmo sangue que "derramou por muitos em remissão dos pecados" (Mt 26, 28).

1366. A Eucaristia é, pois, um sacrifício, porque representa (torna presente) o sacrifício da cruz, porque é dele o memorial e porque aplica o seu fruto:

Cristo "nosso Deus e Senhor [...], ofereceu-Se a Si mesmo a Deus Pai uma vez por todas, morrendo como intercessor sobre o altar da cruz, para realizar em favor deles [homens] uma redenção eterna. No entanto, porque após a sua morte não se devia extinguir o seu sacerdócio (Heb 7, 24-27), na última ceia, 'na noite em que foi entregue' (1 Cor 11, 13). [...] Ele [quis deixar] à Igreja, sua esposa bem-amada, um sacrifício visível (como o exige a natureza humana), em que fosse representado o sacrifício cruento que ia realizar uma vez por todas na cruz, perpetuando a sua memória até ao fim dos séculos e aplicando a sua eficácia salvífica à remissão dos pecados que nós cometemos cada dia".

1367. O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: "É uma só e mesma vítima e Aquele que agora Se oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora Se ofereceu a Si mesmo na cruz; só a maneira de oferecer é que é diferente". E porque "neste divino sacrifício, que se realiza na missa, aquele mesmo Cristo, que a Si mesmo Se ofereceu outrora de modo cruento sobre o altar da cruz, agora está contido e é imolado de modo incruento [...], este sacrifício é verdadeiramente propiciatório".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

"Ao Partir do Pão" (Walmir Alencar) - Link YouTube

Ainda sobre os discípulos de Emaús, que foram o tema do Evangelho lido neste domingo, acabei de ler um e-mail da Paulinha, da Sangue de Cristo (Obrigado, Paulinha!), com uma música linda de Walmir Alencar, contando a alegria destes discípulos.

Segue o link de um vídeo que encontrei no YouTube com esta música e a sua letra abaixo.



Ao partir do pão (Walmir Alencar)

"Quem poderia imaginar que aquela cruz
Era só o começo de uma história de amor?
Comentavam com grande dor tudo o que se passou
E jamais esperavam reencontrar o Senhor
Aconteceu, sem mesmo esperar
Ele apareceu em meio aos discípulos, a caminhar
Falava de amor e o som de sua voz
Abrasava os seus corações, e diziam:
Senhor, fica conosco!
É tarde e o dia declina
Quase sem esperança partimos sem direção
Mas ao redor da mesa, se abriram nossos olhos
Te reconhecemos ao partir do pão
Já não chores, Jerusalém!
A alegria voltou!
Teu Senhor está vivo!
Ele ressuscitou!
Já não chores, Jerusalém!"

domingo, 6 de abril de 2008

Resgatados pelo precioso Sangue de Cristo

As leituras da missa de hoje cuidam não apenas nos discípulos de Emaús, dos quais falamos em 27 de abril, mas traz uma bela passagem da Primeira Carta de São Pedro, que compara Jesus a um cordeiro sem defeito e sem mancha:

“18 Pois vocês sabem que não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata nem ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que herdaram dos seus antepassados. 19 Vocês foram resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como o de um cordeiro sem defeito e sem mancha. (1Pd 1, 18-19)

Mas por que esta comparação?

A figura do cordeiro sempre esteve presente na história do povo de Deus, como um animal para sacrifício ao Senhor, para confirmar a aliança de Deus para com o Seu povo e para pedir perdão pelas faltas, sacrificando-o no lugar do povo.

No Gênesis, capítulo 15, Abraão selou a sua aliança com o Senhor, com o sacrifício de diversos animais, inclusive de um cordeiro de três anos. Era costume da época, ao se selar uma aliança ou um pacto, que as partes contratantes (geralmente reis e chefes de tribos) passassem de mãos dadas por meio das carnes sacrificadas de modo que, se uma das partes não fosse fiel à outra, ela teria o mesmo destino das carnes divididas.

No entanto, como o Senhor já conhecia o coração de suas criaturas e da fraqueza de Seu povo escolhido; como Ele já sabia que, apesar de Seu Amor sempre eterno e fiel, iria ser de tempos em tempos abandonado pelo povo que Ele escolhera; somente Ele, na forma de uma tocha ardente, sela esse contrato de fidelidade com Abraão, o patriarca de todo o povo de Deus, como se vê nos versículos 17 e 18:

“17 Quando o sol se pôs, formou-se uma densa escuridão, e eis que um braseiro fumegante e uma tocha ardente passaram pelo meio das carnes divididas. 18 Naquele dia, o Senhor fez aliança com Abrão: ‘Eu dou, disse ele, esta terra aos teus descendentes, desde a torrente do Egito até o grande rio Eufrates:’

Essa é apenas a primeira passagem da Bíblia sobre o cordeiro. Realmente, o cordeiro continuaria a ser usado pelo povo de Deus. O próprio Abraão, quando posto à prova (Gênesis 22), ao empunhar a faca para sacrificar seu próprio filho, foi impedido pelo Senhor, por meio de Seu Anjo, que o mostrou um cordeiro para que fosse sacrificado no lugar de seu filho que seria pai de Israel.

E, muitos anos mais tarde, na noite da libertação do povo de Deus da escravidão no Egito (Êxodo 12), o Senhor deu a ordem para que todo o povo de Israel imolassem em suas casas um cordeiro sem manchas ou defeitos, se alimentassem dele às pressas e marcassem as ombreiras das portas de suas casas com o seu sangue, como sinal de proteção.

Tais leituras e muitas outras, extraídas do que se convencionou chamar de Velho Testamento (Testamento é sinônimo de Aliança), vem apenas confirmar a Nova e Eterna Aliança que Deus realizaria de uma vez por todas com o Seu povo para a remissão de todos os pecados , de tudo o que pudesse afastá-lo de Seu Amor.

Já dizia a profecia de Isaías que “diz o Senhor. Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados.” (Is 1,11) e ainda:

4 Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. 5 Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós. 7 Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.)” (Is 53, 4-7).

É por isso que proclamamos que Jesus é o Cordeiro de Deus. Por causa de nossas faltas e nossos pecados, por causa de toda a nossa falta de amor ao Pai e aos nossos irmãos, Jesus se entregou na cruz sem reclamar ou protestar, “como um cordeiro que se conduz ao matadouro” para salvara cada um de nós com o seu preciosíssimo Sangue.

Assim como ocorrera com Abraão naquele monte, Jesus foi o Cordeiro sacrificado no lugar de Isaac, o Filho de Deus sacrificado para salvar os filhos de Abraão.

Assim como ocorrera na noite da Páscoa hebraica, da passagem do Mar Vermelho, da passagem da escravidão para a liberdade, Jesus foi sacrificado e derramou o Seu precioso Sangue para salvar as nossas casas e nos tirar da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus.

Nossa libertada foi comprada por Deus, e foi comprada por um alto preço. Não por ouro, nem por prata, mas por Sangue. Sangue divino e precioso.

Que o Espírito Santo nos ilumine nesta semana e sempre para que tenhamos a consciência de tal alto preço que foi pago por cada um de nós e que possamos agir como verdadeiros remidos pelo preciosíssimo Sangue de Jesus derramado na cruz, para que, um dia, depois de cruzar este vale de lágrimas que vivemos aqui no mundo, possamos também, ao final de nossas vidas, nos juntar àqueles que lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro (Apocalipse 7, 14). Do amigo, Guilherme.